OLIMPÍADA, ORA BOLAS
AUSTRÁLIA X BRA, DE BRASILESCO
Antes de tudo e de mais nada, um furo da paranoia policialesca que cerca esse Jogos Olímpicos: o serviço de inteligência nacional descobriu uma urdidura macabra das australianas para acabar com a Formiga no jogo desta sexta-feira quase 13 de agosto:
infestaram o meio de campo do Mineirão com vermífugos e formicidas para acabar com a Formiga. A notória eficiência do governo brasileiro desfez a tempo a maquinação malévola.
Começa o jogo. A Seleção Fenemobola tem um monte de Neymar. Não que joguem como ele; mas caem tanto e tão bem em campo quanto o Neymar.
O Brasil feminino não fica devendo nada para o futebol que o selecionado olímpico masculino vem jogando. Pelo contrário, é tão desajeitado quanto; talvez um pouco mais gracioso.Talvez. Talvez e já é muito.
A Formiga é na Seleção Olímpica das gurias, o que é o Zé Roberto no Palmeiras: não erra nada. E também não acerta. É a famosa história do chove, não molha. Não chega a causar gripe em ninguém.
A culpa desse marasmo femenobolístico não é porque a Marta não seja o Neymar; o Vadão é que o Dunga dessa Seleção. As moças escutam o que ele diz no vestiário. E aí então,o jogo acabou zero a zero. E teve mais 30 minutos. Não foi prorrogação; foi repetição. Acabou em pênaltis.
Elas, todas elas, bateram melhor os pênaltis do que jogaram. Menos a Marta que jogou melhor do que cobrou o pênalti. O pênalti, na verdade, foi a sua penalidade.
Mas a Marta é uma mulher de sorte. A australiana que veio depois dela, cobra pênalti igualzinho à própria Marta, sem tirar nem pôr.
No milésimo quinto pênalti, a Bárbara foi bárbara: saltou sozinha para a esquerda e foi cair com o time inteiro do Brasil na semifinal. Valeu a pena ficar acordado pra lá da meia-noite. Foi, digamos, um futebol planejado nas coxas...
Talvez por isso, por essa coisas de ser feito nas coxas, é que não tenha dado sono, como dá sono ver a Seleção do Micale jogando com o Neymar como se fosse a Marta que escuta o Vadão no vestiário.