O Jeito Nobre do Tricolor Gaúcho
Na despedida do estádio Olímpico que morreu de velho aos 58 anos, o Gre-Nal terminou com um desonroso empate tricolor com sabor de derrota pelo zero a zero colorado que deu o vice-campeonato para o Galo mineiro e botou o Mosqueteiro gaúcho pra correr atrás da Libertadores.
Verdade é que o pior que poderia acontecer para o Internacional não foi a expulsão do seu goleiro e do atacante; ruim meso para o Inter foi a expulsão do treinador gremista. Livre de Luxemburgo, o Grêmio conseguiu não perder mesmo jogando com 11 contra nove.
De resto, ficou a saudade pungente da trocida tricolor que se debulhou em lágrimas por dar adeus a um estádio velho que será trocado por um outro moderno, maior e mais bonito. Gaúcho gosta de chorar. Lágrima é coisa meio sagrada nos Pampas; meio bíblica, o rio-grandese acha que quem semeia com lágrimas colhe sorrios. A lágrima é o jeito nobre do gaúcho falar com os olhos.
Então tá, o torcedor gremista é mesmo nobre; mais nobre do que ninguém no futebol brasileiro: choro é o que não lhe falta.
