O fim de semana estava um despautério; um marasmo total em tudo quanto era página de jornal e noticiário eletrônico. Estava que era só a CPI do Cachoeira e a bengala do Lula, mas eis que de repente, não mais que de repente, "o carro do diplomata Sérgio Amaral bateu numa moto e o motoqueiro morreu". O ex-ministro ia na sexta-feira pela BR-414 em Goiás, rumo à agradável e hospitaleira Pirenópolis, cidadezinha de boneca, onde ele tem uma residência de descanso... "Deu-se o choque com a moto".
O motociclista, Ari Rodrigues da Silva, de 43 anos, diretor do Presídio de Formosa, morreu no local. Como assim, "o carro bateu"; como assim, "deu-se o choque"? O carro do ex-ministro de FHC por acaso anda sozinho e devagar e sempre?!?
Se fosse o filho do Eike Batista, todo mundo ia dizer que o teste do bafômetro deu negativo, mas que foi feito às pressas.
Sérgio Amaral sofreu um corte profundo de 15 cm na cabeça, mas foi devidamente tratado no Hospital de Urgências Dr. Henrique Santillo, em Anápolis, a 64 km de Goiânia. Domingo é dia de alta. Vai para casa em outra condução.
Que jeitinho de se dizer as coisas, não? Que não aconteça nunca com você, mas o Bloco de Cirurgias do Trânsitro aqui do Sanatório da Notícia duvida que seu carro ande sozinho por aí, mesmo dentro dos limites permitidos de velocidade.
