Foto/R. Stuckert/Inst.Lula
Quando Lula disse no programa do Ratinho que seria o cabo eleitoral de Dilma Vana "se ela quisesse" se reeleita em 2014, na verdade estava anunciando que o melhor mesmo seria ela não querer. E nada melhor que um dia depois do outro para se entender que em meias palavras só cabem meias verdades. Quando cabem.
Acuado hoje pela teoria do "domínio do fato", Lula remexe-se na cadeira de espaldar alto do seu inoperante instituto - que vive só de conversa fiada de altos cachês fictícios - para ameaçar, como era pra lá de previsto que, se for pressionado, irá saltar qualquer obstáculo e tornar-se candidato a presidente da República outra vez.
E mente assim uma vez mais como se fosse verdade e como se estivesse ainda acima da lei e da ordem, do bem e do mal: "O STF não vai escrever o último capítulo da minha biografia".
Foto/Reprodução/Div
A vituperação, porém, não amedronta os ministros do Supremo; ela apenas humilha e desmoraliza a companheira ex-guerrilheira, hoje primeira-presidenta Dilma Vana.
Os vassalos que vivem às bordas da saia da presidenta torcem, em nome da manutenção de suas bocas ricas, que esta seja apenas uma das grandes meias-verdades de Lula. A própria Dilma Vana quer acreditar que ele esteja falando sério. É a maneira mais conhecida e mais rápida de saber que Lula está blefando.
RODAPÉ - Quando Lula colocou um poste na Presidência da República fê-lo porque qui-lo. A condição, no entanto, é que seria uma empostação por um mandato de quatro anos. Uma espécie de pit stop para a volta triunfal do grande piloto da nação voltar ao ponto de partida. Acontece que o poste iluminou-se e ficou bem na claridade. Os seus habituais circunstantes já disseram que o poste dali não sai e dali ninguém o tira. Nesse tipo de corrida, a rampa é sempre uma pista difícil.
