No meio da semana, depois de rouquejar numa solenidade montada no Palácio, em Brasília, Lula foi almoçar com a primeira-e-última-presidenta Dilma.
Disseram, só para inglês ver, que era apenas para transformar em marolinha a crise derivada do encontro entre o papa do petismo e o representante do Supremo, Gilmar Mendes. Balela, fartaram-se com 2014 e colocaram em pratos limpos o apetite de Lula e o fastio de Dilma pela mesa presidencial.
No dia seguinte, no popularesco programa do Ratinho, no SBT, Lula demitiu Dilma da candidatura ao cargo de represidenta da República e fez o lançamento oficial da campanha "Volta, Lula!" elucubrada por dirceus e cardeais majoritários em favor do grande papa da politicalha brasileira.
O endeusado Lula, no entanto, já não é aquela Brastemp. Nem mesmo ensaiando o seu retorno à batalha pela cadeira de dono do Brasil como "o homem que venceu o câncer", conseguiu o milagre de fazer com que o debochado programa do Ratinho aumentasse um mísero ponto acima dos 8% que sempre alcança nas pesquisas de sintonia.
Neste seu renascimento divinal, Lula tem alguns obstáculos pela frente: o fracasso de Hahahaddad em São Paulo; a distante frieza de Dilma de sua campanha; o julgamento do mensalão, maior escândalo da história dos governos brasileiros... Como se vê, todos os obstáculos criados pelos pecados do próprio PT e não pela híbrida e aparvalhada oposição, desde já travestida de cabo eleitoral.
Então já se sabe desde agora que, em 2014... Habemos Lulam! E ele então será vitalício e infalível. E que Deus nos perdoe. Oremos.