O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

4 de nov. de 2008

L'OSSERVATORE PIANÍSSIMO
Carlos Eduardo Behrensdorf

ELUCUBRANDO ADOIDADO

Falando de tudo um pouco, não custa nada dizer que a Espanha, “tierra de sol y maravillas” – como aprendi no meu primeiro Manual de Español, de Idel Becker, no Pelotense – depois de 15 anos de crescimento ininterrupto encaminha-se para uma recessão. O Banco de Espanha alerta que o ciclo será “pronunciado e duradero”.

Olha só como A Coisa parece que funciona.
Não tenho certeza de nada porque neste Sanatório o barulho dos pacientes dificulta a audição. Não é fácil... Mas, choradeira à parte, vamos às elucubrações.
Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel, afirmou que o programa de investimentos que seu Governo terminará até amanhã será um pacote, que salvará vários postos de trabalho e a evolução das empresas.

La Merkel propôs que o Banco Mundial (BM) – um banco que não serve pra nada como disse o presidente Lula – lance um programa internacional de investimentos, dirigido aos países emergentes, minimizando os efeitos da crise financeira.

Na verdade, um programa dessas características seria de grande proveito para a manutenção de empregos na Alemanha, onde não são poucos os setores industriais dependem fundamentalmente da exportação. No popular, farinha pouca, meu pirão primeiro...

Assim, se o plano for aprovado, haverá crédito (e dívida...) para os emergentes, via Banco Mundial, que poderão adquirir produtos e tecnologia alemã, principalmente, no setor de infra-estrutura, ou seja: emergente compra, Alemanha vende.
Dona Ângela é fofa.
No Brasil, dizem os famosos analistas econômicos, primos irmãos dos analistas políticos e muito chegados em segundo e terceiro graus aos cientistas políticos que há dificuldade de obter financiamento ameaçando a conclusão de 324 grandes obras no país.
A Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), que considera muito difícil obter os R$ 90 bilhões necessários para o setor. Entre os projetos há ferrovias, rodovias e portos. A falta de crédito é também uma dor de cabeça para as empresas exportadoras.
Pois bem, o chanceler Celso Amorim discutirá a partir de amanhã na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, Suíça (sempre ela...) estratégias para melhorar o acesso desse segmento da economia a financiamentos. Pergunto eu: e agora José? (Carlos Eduardo Behrensdorf - Roma)